quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MORRO DO CRISTO


Saio de casa e vou para o morro do Cristo.
Não tenho nada mas pelo menos lá vejo que eu existo.
Assisto todas as luzes da cidade acenderem.
Encho mais o copo de vinho e deixo meu cabelo me esconder.
Minha mente ultrapassa os horizontes daqueles belos montes
Que bailam em torno de mim.

Mas meu corpo me limita,
aquela pintura estampada em meus olhos.

Neste instante sou pedra...

Sou pedra ao lembrar de você.
Sou pedra ao tentar me mover.
Sou pedra em um mundo cheio de botas,
ao esperar pelas gotas do meu chorar.

ADRIANO MENDONÇA CARDOSO
DRIXS

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