quinta-feira, 14 de abril de 2011

VÍTIMAS DOS ANESTÉSICOS

Acordo às cinco da manhã, me levanto e visto minha Camisa de Força para trabalhar.
Mergulho na escuridão da rua com Soul Underground tocando no fone de ouvido.
Vou caminhando e cantando e buscando minha Evolução.
A música acaba e o Silêncio da manhã me incomoda.
Lembro da tragédia no Japão e vejo no Olhar dos Orientais uma paz paciente
e um desespero educado que não tem igual.
Eles estão acostumados com as tragédias naturais.
Com tanta destruição, nós já teríamos tomado 20 Comprimidos.
Contra o sistema, Contra Cotidiano e
contra a Hidrofobia dos seus beijos busco minha liberdade.
Mas no fim do dia, sou um pobre Condenado.
Sou casado com Maria e não vejo seu sorriso há meses.
Talvez ela esteja assim porque ganho pouco.
Gostaria de me acostumar com as trágedias do amor.
Sou João Menino que (Voltou pra casa).
Abro a porta. Vejo Maria. Vejo sua indiferença e A Solidão ao seu lado.
E mais uma vez me sinto um Outsider.

ADRIANO MENDONÇA CARDOSO
DRIXS

OBS: Escrevi esse texto, utilizando o título do disco para o título da história,
e utilizei também o nome de cada canção seguindo a mesma ordem
que elas aparecem no primeiro cd do Anarkaos. 
Abraço aos amigos e aos fãs da banda que todos os dias pedem mais um show.
Fica aí essa homenagem a todos que nos prestigiaram durante esses 15 anos de banda.




Um comentário:

  1. PÔ, Adriano!

    Fiquei com os olhos molhados ao ler esse texto. Bateu uma saudade doída de tocar com a banda. Apesar de toda a insanidade que está rolando, sinto que o Anarkaos não acabou.

    Vejamos o que o Divino quer de nós. Com certeza, algo que vai nos levar a algum aprendizado.

    Você é meu brother pra sempre.

    Paulo Lima.

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